quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Pesquisa sobre o uso de tv e video na educação.




Estamos deslumbrados com o computador e a Internet na escola e vamos deixando de lado a televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados, não fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos suas linguagens e sua utilização na educação.
A informação e a forma de ver o mundo predominantes no Brasil provêm fundamentalmente da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo e ético que crianças e jovens – e grande parte dos adultos – levam para a sala de aula. Como a TV o faz de forma mais despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil para o educador contrapor uma visão mais crítica, um universo mais abstrato, complexo e na contramão da maioria como a escola se propõe a fazer. Estes dois parágrafos do texto Desafios da televisão e do vídeo à escola, do professor Moran, são retomados pelos vários autores, de uma perspectiva mais teórica ou conceitual ou mais prática, mostrando caminhos para utilizar melhor a televisão e o vídeo na escola.
O texto As tecnologias invadem nosso cotidiano, de Vani Kenski, discute a presença das tecnologias em nossas atividades cotidianas mais comuns e como integrar a televisão criticamente na sala de aula. Na mesma direção vai Vânia Carneiro em Televisão e educação: aproximações, ressaltando que o professor pode ser mediador entre os alunos e a televisão, tornando-a objeto de estudo, conhecendo a linguagem, a programação, as condições de produção e de recepção e incorporando-a pedagogicamente às atividades escolares. Lucília Helena Garcez, em A leitura da imagem, destaca que há muitos procedimentos que são comuns à análise do texto e da imagem e propõe que a escola elabore, nas diversas áreas de conhecimento, estratégias
Concretas para que os jovens desenvolvam a competência de analisar, compreender e interpretar de forma crítica a avalanche de imagens à qual estão expostos.
Televisão e vídeo combinam a dimensão espacial com a sinestésica, ritmos rápidos e lentos, narrativas de impacto e de relaxamento. Combinam a comunicação sensorial com a audiovisual, a intuição com a lógica, a emoção com a razão.
A integração começa pelo sensorial, o emocional e o intuitivo, para atingir posteriormente o racional. Exploram o voyeurismo e mostram até a exaustão planos, ângulos, replay de determinadas cenas, situações, pessoas, grupos, enquanto ignoram a maior parte do que acontece no cotidiano. Mostram a exceção, o inusitado, o chocante, o horripilante, mas também o terno – um bebê desamparado, por exemplo. Destacam os que detêm atualmente algum poder – político, econômico ou de identificação/projeção: artistas, modelos, ídolos esportivos. Quando o perdem, desaparecem da tela.
Fonte de pesquisa:



 Por Fabiana Eboni

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