Educadores do Futuro: A influência das "sereias do ensino"

  Na visão de Paulo Blikstein e Marcelo Knörich Zuffo, as tecnologias exercem grande influência na aprendizagem e na compreensão geral do aluno, social, política, psicológica ... O mediador deste processo tem nas mídias grande suporte e por muitas vezes faz pouco, ou até mesmo, nenhum uso delas. No artigo “As sereias do ensino”, onde sereias seriam as tecnologias, atrativas, interessantes, provocativas, enfatiza que o educador deve estar atualizado com as tecnologias disponíveis e ter o discernimento de onde, quando e como utiliza-las. 
  De acordo com Alicia Fernández, por exemplo, "o professor precisa proporcionar ao aluno ferramentas adequadas, e aqui eu coloco o lúdico como os jogos, o teatro e a arte em geral, e um espaço adequado para que a construção do conhecimento seja possível". Dar uma aula diferenciada, por exemplo, não quer dizer trazer slides ou filmes todas as aulas, mas sim incentivar o uso destes recursos na criação de ideias, reforçando o pensamento autônomo e crítico, proporcionando a partir desta relação a real construção do conhecimento.
 
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  Nas escolas é cada vez mais comum e constante a busca por este “arsenal” tecnológico, (internet, laboratórios de informática, lousa digital, retroprojetor, entre outros) tendo em vista, que aos olhos de alguns é considerado a solução para todos os problemas educacionais existentes, afirmação esta que mostra-se inexata, a partir da concepção de que elas, as tecnologias, são complementos que auxiliam e facilitam na prática docente, todavia, não substituem os métodos tradicionais.

No meio acadêmico surgem varias abordagens e métodos, que fazem uso das novas tecnologias, assim como o acesso a internet, para facilitar nas pesquisa, projetor para a exibição de slides, onde por intermédio da  linguagem audiovisual, desperta no aluno um "algo a mais", estimulando-o como dizia Paulo Freire no desenvolvimento da sua "curiosidade epistemológica". 

Neste contexto é que estão inseridos os blogs, as vídeos aulas, e os cursos à distância, "estruturas" com uma nova forma de apresentação, porém muitas vezes usado erroneamente, sem a  simplis diferenciação de informação para conhecimento, exemplo, “Se educação a distância fosse uma ferramenta viável, todos nós que assistimos o“Travel Channel” teríamos doutorado em culturas mundiais. Simplesmente disponibilizar informação é tão educacional como ler um teleprompter."(FASTCOMPANY: 2000) ou comercializarmos o ensino como mostra-nos (NOBLE: 1998) "Por trás da mudança, e camuflada por ela, há outra: a comercialização da educação superior. Aqui, como em qualquer lugar, a tecnologia não é nada além de um veículo e um disfarce para desarmar as pessoas." entretanto, reconhecemos sua contribuição quando usada com sabedoria demonstrada por (BARCHECHAT:1998), onde afirma que "as novas alternativas de educação a distância são mais promissoras exatamente para quem já passou pelo sistema educacional formal e adquiriu autonomia, repertório e disciplina para o estudo individualizado, autorregulado".

  Finalizando remetemo-nos a pergunta: Como e que forma vamos utilizarmos dessas tecnologias enquanto educador do futuro? A resposta esta sempre em mutação, ainda assim acreditamos no trabalho bem feito, mantendo-nos constantemente atualizados, engajados e comprometidos em tornar o nosso mundo um lugar cada vez melhor, sendo a educação, como certeza, é o começo de tudo ...

Referência:  http://www.blikstein.com/paulo/documents/books/BliksteinZuffo-MermaidsOfE-Teaching-OnlineEducation.pdf

Acadêmicas: Aline Batista, Jéssica Marques e Vanessa Flaminio.